sexta-feira, 10 de maio de 2013

Prefeitura começa a colocar ordem em logradouros públicos

Pichações em monumento da praça da Saudade: falta mais segurança para os logradouros – foto: Diego Janatã

Pichações em monumento da praça da Saudade: falta mais segurança para os logradouros – foto: Diego Janatã

Na semana que passou, o panorama mudou na avenida J, principal artéria do bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste de Manaus. O cenário de tumulto no tráfego mudou com uma ação da prefeitura que tentou – e conseguiu com sucesso, até agora – colocar fim na baderna

Na praça da rua Altair Severiano Nunes, no conjunto Eldorado – ponto para encontro entre amigos nos bares dos arredores – a escuridão que amedrontava foi dissipada pela nova iluminação, que deu um ar de renovação ao lugar.

Assim, de pouco em pouco, a cidade parece finalmente tomar rumo na organização. Não é mais do que a obrigação da administração municipal, claro, independente do seu gestor. Mas a pergunta que fica é: onde termina a responsabilidade da prefeitura e começa a do cidadão manauense?

Os diversos logradouros públicos de Manaus dão uma ideia da dimensão dessa responsabilidade de muitos, tão pouco assumida, em colaborar para que exista de fato uma capital que dê orgulho ao morador. Ações que podem render muito mais além de ficar simplesmente criticando e esperando a prefeitura providenciar.

O que está providenciado acaba precisando o tempo todo ser “reprovidenciado”. Segundo cálculos da Gerência de Parques da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), mais de R$ 250 são gastos, por semana, em cada um dos três parques que mais sofrem com ações de vândalos: o Ponte dos Bilhares, Lagoa do Japiim e a praça da Saudade. São pichações, torneiras quebradas, furto de lâmpadas e quebra de bancos de madeira... danos causados pelos próprios frequentadores que preferem não ter deveres de zelar pelo patrimônio – apenas cobrar para repararem o que eles destroem. Nessa cifra média semanal, não está inclusa a mão-de-obra que trabalha na manutenção.

Outro drama diário é o lixo. De acordo com estimativa da Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), os detritos recolhidos diariamente chegam em média a 2,9 mil toneladas. Mesmo com seis pontos de entregas voluntárias (os PEVs) em diversas zonas da cidade e 11 de coleta seletiva em ruas do Centro, o lixo é encontrado nos igarapés, nas praças, nas áreas verdes e pontos de ônibus

Para determinadas áreas de difícil acesso dos carros coletores (como becos), a Comissão Especial de Divulgação e Orientação da Política de Limpeza Pública (Cedolp) tenta sensibilizar os moradores para que o descarte seja realizado em horário próximo da passagem do carro coletor para evitar o acúmulo. Infelizmente, nem sempre isso é obedecido e o resultado é sujeira espalhada por todos os lados.

A falta de noção do significado de “público” parece ser evidente quando o assunto chega aos logradouros, cuja obstrução representa o maior índice de irregularidades identificadas pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), havendo casos mais graves como ocupação de mobiliário urbano do patrimônio municipal, como paradas de ônibus. 

Há cerca de duas semanas, na Vila Amazonas, bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Sul, uma empresa de radiotáxi graciosamente começou a construir suas instalações em um ponto de ônibus nas proximidades

Graças a uma denúncia, o empresário foi obrigado a demolir o que já estava construído e desocupar o espaço público.

Fonte/Texto: http://www.emtempo.com.br/editorias/dia-a-dia/4460-prefeitura-come%C3%A7a-a-colocar-ordem-em-logradouros-p%C3%BAblicos.html

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