A escritora Carmem Novoa Silva conta que os pais, de origem
europeia, vieram para Manaus à procura de trabalho e nunca mais voltaram
a Orense, na Espanha
“Aqui tem o pôr do sol mais lindo do planeta, e olha que já viajei para vários países. Amo esse lugar. Frio? Só quero ver neve na Europa”, exclama a psicóloga gaúcha Jaqueline Cembrani. A afirmação da manauense de coração reforça outros depoimentos de migrantes que para cá vieram, adotaram a capital verde como terra natal e nem pensam em voltar para a cidade de origem.
A justificativa é
simples: aqui se adaptaram, construíram laços e encontraram formas de
rememorar suas referências culturais por meio da gastronomia, da
arquitetura ou até mesmo, das condições climáticas.
Carmen
Novoa, escritora; Jaqueline Cembrani, psicóloga; e Átila Dênis,
advogado, três pessoas com histórias diferentes, mas que afirmam um
sentimento em comum: a “paixão” por Manaus.
A PAIXÃO
Membro da Academia Amazonense de Letras (AAL), a escritora Carmen Novoa Silva tem impresso na certidão de batismo a naturalidade manauense, mas cresceu sob a influência da cultura europeia - continente onde nasceram seus pais Elias e Carmem Nóvoa.
Naturais
de Orense, na Espanha, os pais de Carmem, segundo conta, tinham um
enorme carinho por Manaus e um compromisso social com a cidade, como uma
forma de agradecer ao povo a acolhida.
“Meu
pai decidiu vir para cá porque trabalho, na cidade dele, era muito
escasso. Aqui ele batalhou, empreendeu e empregou muitas pessoas.
Gostava muito da cidade e nunca pensou em voltar para Orense”, conta
Carmem.
‘GRATA SURPRESA’
Já a psicóloga Jaqueline Cembrani, que vive em Manaus há 23 anos, refere-se à sua estada como uma grata surpresa. Ela e o marido chegaram aqui em dezembro de 1987, para passar o natal com o irmão dela, Jaime Sebben, que já estava na idade desde abril do mesmo ano. A iniciativa foi do marido, o médico Luiz Carlos Cembrani, que ao chegar fez amizades com profissionais da área e enxergou na cidade o campo de pesquisa ideal para a Saúde, que estudava.
“Ele
simplesmente disse, ‘não vou mais voltar’ e estamos aqui até hoje”,
conta Jaqueline. Transferido de São Paulo para cá pela empresa Sânio, do
Pólo Industrial de Manaus, o advogado Átila Dênis reforça a importância
que a cidade teve em sua vida, como uma terra de oportunidades. “De São
Paulo, só lembro de meus pais, da comida e do Palmeiras”, brinca.
Fonte: http://acritica.uol.com.br/manaus/Amazonas-Amazonia-Declaracao-Amor-Manaus-amamos_0_518348410.html
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